E quando amanhecer outra vez repare em como é bela a luz que esquenta nosso corpo e para a paz no conduz. A vida são simples cordões, nós que atam e desatam sem parar.
E quando amanhecer outra vez veja o quanto perdeu para o tempo. Nunca deixe-o vencer. Sinta-o, pois ele nos empurra mas ajuda a crescer. Rabiscando linhas em papéis bizarros, apagar e reinventar uma nova estória que canta quando terminada e esquecida quando amarga dita. É assim que o poeta leva a vida, descrevendo cada amanhecer visto do topo do pico.
E quando amanhecer outra vez, e a brisa novamente fluir, corra atrás dos seus sonhos e os amores jamais vividos, como o mais sábio dos poetas. E se de novo nada progredir deixe que amanheça outra vez. A paciência é a mais cobiçada das virtudes. Deixe que o sol sorria outra vez, relutando contra os profetas, pois o amanhã é indescritível. Reconheça seu valor enquanto há tempo. Onde há trevas sempre haverá luz. Não só de problemas se resume a vida que quando vivida se resume em amor. 

E quando amanhecer outra vez aprecie cada minuto. Saiba que o sol sorri e nos diz o quanto vai melhorar. E que cada momento é um cordel e como um sábio poeta saiba aproveitar.


